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JAPERI, REGIÃO SUDESTE ESTADO DO RIO DE JANEIRO, Brazil
Colégio de Excelência no Ensino Médio e Técnico da Rede Estadual de Educação do Rio de Janeiro. Premiado em relevantes concursos nacionais e internacionais, possui Corpo Docente qualificado nas diferentes áreas do conhecimento. Diretoras: Alcidéa Dutra Petali e Katia Regina dos Santos Cruz. Contato: 21.2670-1211 Japeri-(RJ) E-mail: almtamandare@gmail.com

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PRINCÍPIOS NORTEADORES

O Colégio Estadual Almirante Tamandaré, integrante do sistema público de educação e ensino, funciona pautando-se nos princípios da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da publicidade, da liberdade e da solidariedade, tendo como objetivo difundir e aprimorar o ensino na comunidade onde está inserido, em consonância com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) e em conformidade com as metas, planos e programas do Governo do Estado do Rio de Janeiro.

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sexta-feira, 1 de agosto de 2014

CEAT JAPERI SE DESTACA NA MÍDIA COM O PROJETO MULTIARTE

31/07/14 06:00
Escola pública de Japeri pinta nova realidade com oficina de arte

Peter Cohen criou a oficina Multiarte em 2003 Foto: Nina Lima

Diego Barreto

Por aquelas bandas não existem museus e nem galerias de arte. Em Japeri, município da Baixada Fluminense com menor índice de desenvolvimento do estado, o acesso à cultura é artigo de luxo, quase inacessível. Mas, de uma pequena sala do Colégio Estadual Almirante Tamandaré, já saíram obras de arte hoje expostas na Europa e na Ásia. As telas pintadas à óleo são frutos de um projeto que está transformando a realidade de estudantes e ajudou a reduzir a evasão escolar.

O esboço do projeto, batizado de Multiarte, começou a ser desenhado há uma década: quando a professora Peter Cohen escolheu lecionar em Japeri, depois de anos trabalhando em escolas do Rio de Janeiro.

— Foi escolha minha vir para Japeri. Pesou o fato de poder fazer a diferença numa área carente, principalmente de cultura. Queria diminuir a exclusão social e cultural desses meninos. Pedi um espaço à direção da escola e apresentei o projeto para além das aulas de artes, trabalhar voluntariamente numa oficina no contra turno.

Projeto já tem dez anos Foto: Nina Lima
Não demorou para telas com inspiração em obras de mestres como Kandinsky, Dali, Monet e outros começarem a colorir as paredes do colégio. O número de alunos na oficina cresceu e muita gente começou a querer estudar no Almirante Tamandaré só para participar da oficina.

— No início os meninos pintavam com tinta guache. Mas logo surgiram alunos de muito talento. A direção da escola nos deu apoio e passamos a trabalhar com tinta a óleo e material profissional.

Rendimento da escola melhorou com o projeto Foto: Nina Lima

Entusiasmada Peter levou para fora dos muros da escola a produção de ‘seus meninos’.
— Inscrevi eles em concursos de artes destinados a profissionais. E eles começaram a ganhar. Através desses concursos, duas obras feitas aqui estão expostas na China e na República Tcheca. Eles chegaram na frente de artistas que já trabalham com pintura — conta orgulhosa.

Além do gosto pela pintura, para estar no projeto existe um pré-requisito: o bom rendimento em sala de aula. A exigência ajudou a escola a melhorar seus resultados no Índice de Desenvolvimento do Ensino Básico (Ideb) que foi de 3.1 em 2007, para 4.3 em 2011. A evasão escolar também muito baixa, 2%, enquanto a média da rede estadual é de 9,6%.
— Quando vejo tudo que conquistamos tenho sensação de dever cumprido. Num dos concursos recentes, ao anunciarem os vencedores disseram: “o segundo colocado vem lá do fim da linha, de Japeri...” Me emocionei e tive certeza que vale muito a pena trabalhar com esses meninos.


Obras chegam a R$ 350 Foto: Nina Lima
Estudantes que participam do projeto já assinam telas e geram renda com seus trabalhos. Dependendo do tamanho da tela, as obras chegam a ser vendidas por R$ 350.



— Uma mãe me ligou porque ficou assutada quando a filha chegou em casa com o dinheiro de um quadro que tinha vendido — conta Peter.

Talentos reconhecidos

Monique Guimarães, de 17 anos, aluna do 1º ano do ensino médio, já vendeu algumas obras. Mas nenhuma lhe trouxe tanto reconhecimento como a que pintou para um concurso promovido pelo governo da República Tcheca.



— Fiquei entre as 50 melhores do mundo, entre 27 mil inscritos. Pintei a paisagem da minha cidade. Ganhei uma joia das mãos do cônsul — lembra a menina, que sonha com a carreira de pintora.


— Eu já estou estagiando num ateliê. Sonho em seguir trabalhando com artes.


FONTE: JORNAL EXTRA - RJ

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